Ser desclassificado da Libertadores não foi legal. Mas não foi tão ruim quanto algumas declarações emanadas da Gávea e do Ninho do Urubu durante o período de rescaldo pós-desclassificação. Lamentável sob todos os aspectos.Já tinha combinado que Carioqueta é assunto para Nivinha, que confere ao pitoresco certame ao menos algum valor estético. Mas não podia deixar de comentar essas barbeiragens comunicacionais. Parece que é muito difícil para a nossa rapaziada aprender a lição número 1 da comunicação pública: Quando não tiver nada bom para falar fique calado.É a maior covardia colocar a responsabilidade pelos próprios fracassos em entidades místicas cuja existência ainda carece de comprovação científica. Essa volta do Flamengo à mediocridade aspiracional de campeonatos rurais há muito abandonados pelo público pagante e que valem tanto quanto duas mariolas se deve exclusivamente à soma das nossas próprias teimosias e incompetências.Se hoje nosso programa é um insosso Flamengo x Americano valendo lhufas, a culpa é só nossa.Quinta-feira vimos o Welinton marcar gol e não dar sustos na zaga; o Deivid teve sorte numa finalização; Ronaldinho jogou com raça e com vontade de decidir e o Flamengo venceu com uma dose estranha de tranquilidade. Tava estranho, mesmo. A vitória/derrota foi muito dolorida e, se não marcará como aquela de 2008, terá um peso considerável por ser a cereja num bolo de dez andares de bobagens e decisões erradas em sequência.Mas discordo que o ano do Flamengo acabou. Para o bem e para o mal, naturalmente. Vejam só, a vida segue, a máquina precisa ser alimentada, o Flamengo precisa vencer, vencer, vencer. Não consigo imaginar que o time que jogou na quinta seja incapaz de tomar jeito. Cada um tem seus nomes preferidos para sair, mas certamente não serão todos. Mesmo com o caos administrativo, a péssima delegação de poderes e a eleição que virá, dentro de campo há solução, sim. E temos um campeonato longo pela frente. Tão longo que mesmo antes das primeiras cinco rodadas nós já estaremos aqui numas de olhar a tabela e ver quantos jogos nos separarão do hepta. Melhor que seja sem o inexplicável Joel, esse coitado pego de surpresa jogo após jogo, desde a primeira participação do Brasil nas Olimpíadas.
Como é que acreditaram que comigo esse negócio ia dar jeito? É inexplicável!